O que diz a Torá sobre doação de sangue? É também considerado uma tsedacá?
Resposta:
A doação de sangue é realmente considerada tsedacá (caridade) e uma grande mitsvá; afinal, está ajudando-se uma pessoa, através do próprio sangue. No entanto, não se pode obrigar alguém a fazê-la. É importante lembrar que ela pode ser cumprida apenas quando a doação não seja prejudicial para a saúde do doador.
A doação de órgãos intervivos é permitida pelo judaísmo, desde que,após o transplante, o doador continue com a possibilidade de viversem aquele órgão.Já a doação de órgãos após a morte, não, pelo seguinte motivo: comoa definição de morte pelo judaísmo compreende a parada cerebral e aparada cardíaca (ambas), transplantes de órgãos nessa condição não são possíveis pois, na medicina, é justamente entre a parada cerebral e a cardíaca que órgãos podem ser retirados para transplante emoutra pessoa.8. No caso de marcapasso, é passível a remoção da bateria (mas não da sonda)quando este for imprescindível para outra pessoa necessitada.
A única coisa que é possível retirar-se e aproveitar-se de um corpo (após a parada cerebral e a parada cardíaca) são suas córneas e sua pele. A retirada destas exclusivamente foi permitida, por alguns rabinos, nas seguintes condições:• ser(em) reimplantada(s) em outro corpo imediatamente e não ficar(em) estocada(s), aguardando uma emergência que venha ao correr no futuro.• ter o consentimento prévio do falecido, bem como a permissão expressa da família e a devida orientação de um rabino.A doação, pura e simples, do corpo à ciência é proibida, mesmo sendo esta uma determinação prévia do falecido. Neste caso, cabe a família não dar ouvidos ao falecido e enterrá-Io como prescreve a lei Judaica.