O Brit Milá
A História
Depois de concerto que Deus fez com Abrão, ele exigiu que todos os descendentes machos de Abrão fossem circuncidados. Era para ser o sinal da aliança entre Deus e Israel. Até os forasteiros entre o povo foram incluídos. Se alguém desobedeceu foi cortado do povo de Deus por ter quebrado a aliança. (Gen. 17:9-14).
O mesmo capítulo registra a obediência de Abrão. Foi circuncidado, melhor circuncidou assim mesmo e o seu filho, Ismael e todos os outros machos na sua casa. Abrão tinha 99 anos e Ismael 13 nos. (Gen. 17:23-27).
No tempo de Moisés, depois da saída do Egito, Deus disse a Moisés que seria obrigatório observar a pessoas em todas as suas gerações. Deus esclareceu que ninguém pode comer a páscoa se não fosse circuncidado. Mas escravos estrangeiros puderam se tinham sido circuncidados. No caso do escravo foi obrigatório mas o estrangeiro que era hóspede havia de escolher, não foi obrigatório. (Êxodo 12:42-48).
A CERIMÔNIA
A cerimônia em cortar e prepúcio com uma faca ou com uma pedra aguda. Normalmente pertencia ao pai da família fazer mas até uma mulher podia (como no caso da esposa de Moisés quando ele tinha esquecido de circuncidar o seu filho). Êxodo 4:24-26 ; Lev. 12:3.
Mas um gentio nunca pode, era de caráter estritamente religioso
O SIGNIFICADO
A corrupção de pecado geralmente manifestou-se com a degeneração na vida sexual . Então a santificação da vida foi simbolizada pela purificação de órgão sexual pela qual vida reproduzida. Deus exigiu pureza entre e seu povo e circuncisão tornou-se o sinal externo da aliança entro Israel e Deus.
Figurativamente falando, circuncisão simboliza a pureza de coração. (Deut. 10:16; 30:6; Lev. 26:41; Jer. 4:4; 9:25; Ezeq. 44:7).
ENTRE OS JUDEUS HOJE
Borith Me’ilah – o pacto de circuncisão.
O pai da família não a faz hoje. Um homem chamado, o Me’el, especializado faz o rito da circuncisão. A pessoa que segura a criança durante o ritual é chamada o sandek (god-father = padrinho). A criança é colocada numa cadeira especial a cadeira de Elias. A tradição é que assim a criança, será curada mais rápido. Todos ficam em pé durante o ritual. Depois há uma festa em casa. Se realiza ainda no oitavo dia. Por que no oitavo dia? Porque Deus mandou! Sugestões: ligado com o número 7. Sete dias completos, o novo ciclo começou com o oitavo dia e a criança entrou na aliança com Deus. Foi suposto antigamente que a criança não possuía sua experiência própria até no oitavo dia. Pessoalmente, creio que Deus tinha razão no sentido físico e também no sentido espiritual. (oitavo significa coisas novas, vida espiritual etc…). Cientificamente foi provado que no oitavo dia a coagulação é mais rápida.
Pela Halachá, Lei Judaica, um judeu deve circuncidar seu filho no oitavo dia após o nascimento, quando sua faculdade da razão ainda não está desenvolvida. Isto significa que um judeu está ligado e comprometido com D'us o mais cedo possível, de um modo absoluto e abrangente, que transcende sua razão e percepção.
Na primeira sexta-feira após o nascimento de um filho, é feita uma cerimônia conhecida pelo nome de Shalom Zachor, traduzido como boas vindas e agradecimento a D'us pelo nascimento do bebê. Recebe na verdade esta designação por ser no Shabat, (também conhecido como Shalom, paz), quando nos reunimos para saudar o recém-nascido (Zachor).
Costuma-se convidar amigos para celebrar a chegada do novo membro logo após a refeição de Shabat à noite, quando então servem-se alimentos e bebidas além do prato essencial desta noite: grão-de-bico, conhecido como arbis ou nahit, que simboliza luto. Por que luto em uma ocasião tão festiva?
Para lamentar o fato de que ao nascer, a criança esqueceu a Torá que estava aprendendo no útero materno. Este aprendizado inicial da Torá lhe dá, mais tarde, a capacidade de adquirir o conhecimento e a sabedoria de D'us, por si mesma.
O Brit é executado no oitavo dia subsequente ao nascimento da criança. Por exemplo, se a criança nasceu no domingo (do pôr-do-sol de sábado até o pôr-do-sol de domingo) o Brit é realizado no domingo seguinte. Isto se aplica mesmo quando o oitavo dia cai num Shabat ou em algum Yom Tov (desde que o nascimento tenha sido de parto normal —caso tenha sido de cesariana, o Brit é adiado para o dia seguinte).
A circuncisão é realizada através de um "Mohel", homem temente a D'us, cumpridor dos preceitos judaicos e versado na prática da circuncisão, conforme as leis da Torá.
É o Mohel que decide se a criança está apta ou não a ser circuncidada. Se decidir que ela não está fisicamente capacitada a se submeter à circuncisão no tempo prescrito, por estar com icterícia, se encontrar abaixo do peso mínimo exigido (kg) ou algum outro problema, o Brit é adiado. Uma vez atrasada a cerimônia, ela não poderá ter lugar num Shabat ou em um Yom Tov, mas deverá ser realizada na primeira oportunidade.
Sempre que praticável, o Brit deve ser realizado pela manhã como sinal de nossa urgência em cumprir uma mitsvá, a vontade de D'us. Nunca deve ser realizado à noite.
Não se costuma convidar as pessoas para o Brit, mas simplesmente informá-las sobre a hora e o local, pois não seria apropriado que elas declinassem de um convite para um evento, no qual Eliyáhu, o profeta, estará presente.
Na cerimônia de cada Brit Milá o Profeta Eliyáhu é uma visita ilustre que traz muita honra.
Há muito tempo, um dos reis de Israel, influenciado por maus conselheiros, aboliu a cerimônia da circuncisão. Eliyáhu, que vivia naquela época, clamou então a D'us relatando que o povo de Israel havia abandonado Sua valiosa aliança. A partir de então, D'us o instruiu a estar presente e a testemunhar todas as circuncisões. Por esta razão uma cadeira especial é designada em honra ao Profeta Eliyáhu, em cada Brit Milá.
Embora a Torá aponte o pai para circuncidar seu filho, o Brit é geralmente feito por um Mohel, pois a maioria dos pais não está qualificada para executar tal ato. O homem escolhido para fazer o Brit deve ser observante e temente a D'us, e estar adequadamente habilitado e treinado. A circuncisão realizada através de um cirurgião judeu, mas que não seja um Mohel, adulterará inteiramente o significado do Brit Milá, pois este ato é o elo espiritual que liga a criança a D'us.
Juntamente com o Mohel, o Sandec, a pessoa que segura a criança durante a circuncisão, deve ser alguém de grande estima da família e da comunidade.
O dia do Brit Milá é visto como uma festa para o Sandec, tal como para o pai e o Mohel. Geralmente, um casal (de noivos ou casados) é escolhido para servir de Kvater (aqueles que trazem a criança para o aposento onde o Brit terá lugar).
A mulher toma a criança dos braços da mãe e por sua vez a entrega ao homem que a levará para o aposento. Ele ou ainda outro homem coloca então a criança sobre a cadeira reservada ao Profeta Eliyáhu. A tradição nos diz que ao dar a honra de ser Kvater a um casal ainda sem filhos, confere-se a este uma bênção especial para que se torne fértil e tenha seus próprios filhos.
Em seguida, o pai coloca o bebê no colo do Sandec. Depois que o Mohel executa a circuncisão, mais dois homens podem receber honras especiais: um, a de segurar a criança, enquanto o outro recita a bênção e a prece especial onde em seguida é anunciado a todos o nome judaico da criança. Na refeição que se segue é costume acender velas em honra da Simchá, porém, nenhuma bênção especial é recitada.
No Bircat Hamazon, Bênção de Graças recitada após uma seudat mitsvá, refeição festiva, vários pedidos são acrescentados para o bem-estar do nenê recém circuncidado, por seus pais, o Sandec e o Mohel.