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Balak
Balak

Viu, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus;
Moabe teve grande medo deste povo, porque era muito; e andava angustiado por causa dos filhos de Israel;
pelo que Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora, lamberá esta multidão tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Balaque, filho de Zipor, naquele tempo, era rei dos moabitas.
Enviou ele mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio Eufrates, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito, cobre a face da terra e está morando defronte de mim.
Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar fora da terra, porque sei que a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
Então, foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas, levando consigo o preço dos encantamentos; e chegaram a Balaão e lhe referiram as palavras de Balaque.
Balaão lhes disse: Ficai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor me falar; então, os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.
Veio Deus a Balaão e disse: Quem são estes homens contigo?
Respondeu Balaão a Deus: Balaque, rei dos moabitas, filho de Zipor, os enviou para que me dissessem:
Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem, agora, amaldiçoa-mo; talvez eu possa combatê-lo e lançá-lo fora.
Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado.
Levantou-se Balaão pela manhã e disse aos príncipes de Balaque: Tornai à vossa terra, porque o Senhor recusa deixar-me ir convosco.
Tendo-se levantado os príncipes dos moabitas, foram a Balaque e disseram: Balaão recusou vir conosco.
De novo, enviou Balaque príncipes, em maior número e mais honrados do que os primeiros,
os quais chegaram a Balaão e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Peço-te não te demores em vir a mim,
porque grandemente te honrarei e farei tudo o que me disseres; vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo.
Respondeu Balaão aos oficiais de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor , meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais o Senhor me dirá.
Veio, pois, o Senhor a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens vieram chamar-te, levanta-te, vai com eles; todavia, farás somente o que eu te disser.
Então, Balaão levantou-se pela manhã, albardou a sua jumenta e partiu com os príncipes de Moabe.
Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário. Ora, Balaão ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele.
Viu, pois, a jumenta o Anjo do Senhor parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho, indo pelo campo; então, Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho.
Mas o Anjo do Senhor pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo muro de um e outro lado.
Vendo, pois, a jumenta o Anjo do Senhor , coseu-se contra o muro e comprimiu contra este o pé de Balaão; por isso, tornou a espancá-la.
Então, o Anjo do Senhor passou mais adiante e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita, nem para a esquerda.
Vendo a jumenta o Anjo do Senhor , deixou-se cair debaixo de Balaão; acendeu-se a ira de Balaão, e espancou a jumenta com a vara.
Então, o Senhor fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes?
Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão e, agora, te mataria.
Replicou a jumenta a Balaão: Porventura, não sou a tua jumenta, em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu costume fazer assim contigo? Ele respondeu: Não.
Então, o Senhor abriu os olhos a Balaão, ele viu o Anjo do Senhor , que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça e prostrou-se com o rosto em terra.
Então, o Anjo do Senhor lhe disse: Por que já três vezes espancaste a jumenta? Eis que eu saí como teu adversário, porque o teu caminho é perverso diante de mim;
a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim; na verdade, eu, agora, te haveria matado e a ela deixaria com vida.
Então, Balaão disse ao Anjo do Senhor : Pequei, porque não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei.
Tornou o Anjo do Senhor a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente aquilo que eu te disser, isso falarás. Assim, Balaão se foi com os príncipes de Balaque.
Tendo Balaque ouvido que Balaão havia chegado, saiu-lhe ao encontro até à cidade de Moabe, que está nos confins do Arnom e na fronteira extrema.
Perguntou Balaque a Balaão: Porventura, não enviei mensageiros a chamar-te? Por que não vieste a mim? Não posso eu, na verdade, honrar-te?
Respondeu Balaão a Balaque: Eis-me perante ti; acaso, poderei eu, agora, falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei.
Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote.
Então, Balaque sacrificou bois e ovelhas; e deles enviou a Balaão e aos príncipes que estavam com ele.
Sucedeu que, pela manhã, Balaque tomou a Balaão e o fez subir a Bamote-Baal; e Balaão viu dali a parte mais próxima do povo.

Então, Balaão disse a Balaque: Edifica-me, aqui, sete altares e prepara-me sete novilhos e sete carneiros.
Fez, pois, Balaque como Balaão dissera; e Balaque e Balaão ofereceram um novilho e um carneiro sobre cada altar.
Disse mais Balaão a Balaque: Fica-te junto do teu holocausto, e eu irei; porventura, o Senhor me sairá ao encontro, e o que me mostrar to notificarei. Então, subiu a um morro desnudo.
Encontrando-se Deus com Balaão, este lhe disse: Preparei sete altares e sobre cada um ofereci um novilho e um carneiro.
Então, o Senhor pôs a palavra na boca de Balaão e disse: Torna para Balaque e falarás assim.
E, tornando para ele, eis que estava junto do seu holocausto, ele e todos os príncipes dos moabitas.
Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem, amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel.
Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem o Senhor não denunciou?
Pois do cimo das penhas vejo Israel e dos outeiros o contemplo: eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações.
Quem contou o pó de Jacó ou enumerou a quarta parte de Israel? Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o dele.
Então, disse Balaque a Balaão: Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que somente os abençoaste.
Mas ele respondeu: Porventura, não terei cuidado de falar o que o Senhor pôs na minha boca?
Então, Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar, donde verás o povo; verás somente a parte mais próxima dele e não o verás todo; e amaldiçoa-mo dali.
Levou-o consigo ao campo de Zofim, ao cimo de Pisga; e edificou sete altares e sobre cada um ofereceu um novilho e um carneiro.
Então, disse Balaão a Balaque: Fica, aqui, junto do teu holocausto, e eu irei ali ao encontro do Senhor .
Encontrando-se o Senhor com Balaão, pôs-lhe na boca a palavra e disse: Torna para Balaque e assim falarás.
Vindo a ele, eis que estava junto do holocausto, e os príncipes dos moabitas, com ele. Perguntou-lhe, pois, Balaque: Que falou o Senhor ?
Então, proferiu a sua palavra e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve; escuta-me, filho de Zipor:
Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?
Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar.
Não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o Senhor , seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei.
Deus os tirou do Egito; as forças deles são como as do boi selvagem.
Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus!
Eis que o povo se levanta como leoa e se ergue como leão; não se deita até que devore a presa e beba o sangue dos que forem mortos.
Então, disse Balaque a Balaão: Nem o amaldiçoarás, nem o abençoarás.
Porém Balaão respondeu e disse a Balaque: Não te disse eu: tudo o que o Senhor falar, isso farei?
Disse mais Balaque a Balaão: Ora, vem, e te levarei a outro lugar; porventura, parecerá bem aos olhos de Deus que dali mo amaldiçoes.
Então, Balaque levou Balaão consigo ao cimo de Peor, que olha para o lado do deserto.
Balaão disse a Balaque: Edifica-me, aqui, sete altares e prepara-me sete novilhos e sete carneiros.
Balaque, pois, fez como dissera Balaão e ofereceu sobre cada altar um novilho e um carneiro.

Vendo Balaão que bem parecia aos olhos do Senhor que abençoasse a Israel, não foi esta vez, como antes, ao encontro de agouros, mas voltou o rosto para o deserto.
Levantando Balaão os olhos e vendo Israel acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.
Proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos;
palavra daquele que ouve os ditos de Deus, o que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos:
Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas são as tuas moradas, ó Israel!
Como vales que se estendem, como jardins à beira dos rios, como árvores de sândalo que o Senhor plantou, como cedros junto às águas.
Águas manarão de seus baldes, e as suas sementeiras terão águas abundantes; o seu rei se levantará mais do que Agague, e o seu reino será exaltado.
Deus tirou do Egito a Israel, cujas forças são como as do boi selvagem; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e, com as suas setas, os atravessará.
Este abaixou-se, deitou-se como leão e como leoa; quem o despertará? Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.
Então, a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e bateu ele as suas palmas. Disse Balaque a Balaão: Chamei-te para amaldiçoares os meus inimigos; porém, agora, já três vezes, somente os abençoaste.
Agora, pois, vai-te embora para tua casa; eu dissera que te cumularia de honras; mas eis que o Senhor te privou delas.
Então, Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo:
ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia traspassar o mandado do Senhor , fazendo de mim mesmo bem ou mal; o que o Senhor falar, isso falarei?
Agora, eis que vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que fará este povo ao teu, nos últimos dias.
Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos,
palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos:
Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete.
Edom será uma possessão; Seir, seus inimigos, também será uma possessão; mas Israel fará proezas.
De Jacó sairá o dominador e exterminará os que restam das cidades.
Viu Balaão a Amaleque, proferiu a sua palavra e disse: Amaleque é o primeiro das nações; porém o seu fim será destruição.
Viu os queneus, proferiu a sua palavra e disse: Segura está a tua habitação, e puseste o teu ninho na penha.
Todavia, o queneu será consumido. Até quando? Assur te levará cativo.
Proferiu ainda a sua palavra e disse: Ai! Quem viverá, quando Deus fizer isto?
Homens virão das costas de Quitim em suas naus; afligirão a Assur e a Héber; e também eles mesmos perecerão.
Então, Balaão se levantou, e se foi, e voltou para a sua terra; e também Balaque se foi pelo seu caminho.

Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas.
Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas.
Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel.
Disse o Senhor a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao Senhor ao ar livre, e a ardente ira do Senhor se retirará de Israel.
Então, Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor.
Eis que um homem dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos uma midianita perante os olhos de Moisés e de toda a congregação dos filhos de Israel, enquanto eles choravam diante da tenda da congregação.
Vendo isso Fineias, filho de Eleazar, o filho de Arão, o sacerdote, levantou-se do meio da congregação, e, pegando uma lança,
foi após o homem israelita até ao interior da tenda, e os atravessou, ao homem israelita e à mulher, a ambos pelo ventre; então, a praga cessou de sobre os filhos de Israel.
Os que morreram da praga foram vinte e quatro mil.